Medicina - Alunos do Internato participam do exame avaliativo OSCE
Do dia 22 a 26 de janeiro os alunos do curso de Medicina da Ciências Médicas, que estão ingressando no Internato, participaram do OSCE – “Objective, Structured Clinical Examination”, também conhecido como Avaliação Clínica Objetivamente Estruturada. Testar os conhecimentos adquiridos e reforçar os estudos em áreas específicas é um dos objetivos do OSCE. Os alunos vivenciam situações simuladas de um atendimento médico em cada área que irão passar no Internato.
Importância
A dinâmica do exame é que os alunos adentram em uma cena e essas cenas são elencadas de acordo com cada área do Internato, que são: Saúde da Família e Comunidade; Clínica Médica; Clínica Cirúrgica; Pediatria; Urgência e Emergência; e Ginecologia e Obstetrícia.
Segundo a coordenadora do curso de Medicina Joacilda Nunes, o principal objetivo do OSCE é avaliar as habilidades dos alunos que estão entrando no Internato. “O Internato é um estágio curricular obrigatório, onde o aluno terão mais de 80% das suas atividades práticas. Faz-se necessário, então, que a gente faça uma avaliação prévia de como estar o nível desse estudante, simulando uma situação problema. Então, o OSCE é um instrumento eminentemente prático, que avalia o saber e as habilidades deles, tanto em comunicação, como em tomada de decisão, como em ele fazer um procedimento e um diagnóstico. O objetivo principal não é dar um caráter punitivo ao aluno, e essa nota nem vai ser devolvida de forma individual, ela vai ser apresentada de forma coletiva, para que a gente possa passar a medir essas habilidades e a partir desse levantamento, isso nos ajude as tomadas de decisões em incrementar, focar e ampliar o treinamento, naquelas áreas que a gente considerou mais frágeis, ao longo dessas 3600 horas que eles ainda vão ter pela frente”, explica.
Aprendizado
Para o professor Eduardo Simon esse é momento importante para a formação dos futuros médicos. “O OSCE é muito importante porque eles são testados na capacidade prática de fazer o que a gente espera que os médicos façam. Então, eles vão ter oportunidade de entrar em contato com os desafios da prática profissional, mesmo fazendo isso em um ambiente protegido, podendo errar, diferente do que a gente espera que eles façam depois como médicos. Com isso, esses alunos vão levar uma bagagem importante desse exame, porque aqui eles veem problemas comuns e importantes. Eles têm a oportunidade de lidar com o problema de saúde que acontece todo dia nos hospitais, nas emergências e nos psf’s e vai ter a chance de mostrar o que ele sabe, de perceber o que ele não sabe, e aprender com os seus erros. Tudo isso é muito importante para levar pra sua vida médica”, pontua.
Avaliação na prática
Para a aluna Vitória Borges foi uma prática bastante enriquecedora. “Foi uma experiência muito boa, porque realmente a gente está tendo o contato com como seria uma situação em que você tem que pensar no momento em um diagnóstico, fazer o raciocínio clínico e está ali com o paciente querendo saber o que está passando. Então, foi muito produtivo e acredito que nos auxilia a ter um melhor preparo psicológico na hora do diagnóstico, ter maturidade e não passar nervosismo para o paciente”, afirma.
O aluno Lucas Lucena também acredita que esse é o momento de testar conhecimentos. “O OSCE é uma primeira experiência prática do Internato, a gente lida diretamente com o estresse de uma consulta de emergência, como foi o meu caso, que era um infarto, e eu tinha que pensar rápido, solicitar os exames, passar tratamento, ou seja, é bom porque a gente se depara realmente com a realidade que a gente vai lidar agora todos os dias, porque a vida do paciente vai depender muitas vezes da nossa atitude”, conta.