União e empenho para uma educação cada vez mais inclusiva
Na última quarta-feira, 08 de novembro, comemorou-se na cidade de Cabedelo o Dia Municipal da Pessoa com Deficiência, uma data fixada para enaltecer e este público e dar ainda mais ênfase a necessidade de criação de propostas e projetos, que além de respeitosos, que sejam inclusivos e acessíveis.
A partir disso, dentro dos seus princípios humanos e sociais, a Afya Paraíba, através da parceria estabelecida com o município, esteve atuando no município nesta data tão relevante. A presença se deu através de uma das vertentes educacionais bastante nutridas na IES, que são os projetos de extensão. Neste caso, o projeto de extensão “Autismo: entender para cuidar”, coordenados pelas professoras Sandra Fernandes e Bárbara Wanderley.
Após contato prévio com a secretaria de educação municipal, foi compreendida a necessidade de treinar e orientar cuidadores e professores da cidade acerca de temáticas relacionadas ao autismo, ornando com o objetivo inicial do projeto.
“O projeto nasceu com o objetivo de treinar cuidadores e professores das escolas da cidade de Cabedelo, que é uma cidade parceira da IES, na identificação de autismo em crianças. Após entender, junto a Seduc da cidade, a instituição de ensino com maior incidência de alunos autistas, começamos a preparar a logística para preparar um encontro atrativo e produtivo. E assim foi! Foi um momento muito especial e prazeroso”, contou a professora e coordenadora do projeto, Sandra Fernandes.
A ação aconteceu na Escola Municipal Vereador Pedro Américo da Silva, pela quantidade de alunos matriculados que possuem o diagnóstico de autismo, e as interações aconteceram para dois grupos, sendo eles: grupo com orientação sobre autismo voltada para os pais e grupo com atividades lúdicas de estimulação sensorial, contando com alunos de até 17 anos.
O aluno Rafhael Medeiros, discente do 2º período do curso de medicina, contou que, para ele, o projeto de extensão é como um achado, uma grande oportunidade de desenvolvimento e vivências engrandecedoras, por ser para além de um meio de incentivo a pesquisa sobre a temática autismo, mas por levar os participantes a ir além, através do campo de prática, como aconteceu nesta experiência.
“No final de outubro participamos do Congresso Médico-Estudantil promovido pela Afya FCM, e apresentamos um trabalho intitulado “A natureza dos meltdowns em crianças com transtorno do espectro autista: conhecer para cuidar. Os achados não poderiam ficar apenas como uma discussão acadêmica e logo conseguimos pôr em prática de forma leve, em um diálogo com estes alunos. Foi um momento importante de aprendizado, em que conseguimos conversar sobre algumas necessidades encontradas no TEA, assim como a importância da inclusão e apoio”, disse.
Atualmente, o projeto é composto por 16 estudantes de medicina, notoriamente entusiasmados pela prática, dispostos a somar e fazer a diferença, a partir das orientações e encaminhamentos das professoras.